As lutas e reivindicações das mulheres no decorrer da história já trouxeram alguns avanços. No setor logístico não é diferente. Apesar de existir barreiras, o lugar da mulher na logística está cada vez mais visível: onde ela quiser.
Muito além de flores, o Dia Internacional da Mulher é marcado na história por lutas. As comemorações durante o 8 de março, data oficial, começaram no início do século passado, mas essa data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975. Ao longo da história, as mulheres organizaram manifestações em muitos lugares do mundo, reivindicando a redução da jornada de trabalho (que chegava a 16 horas por dia), igualdade salarial, direito à licença-maternidade, entre outros. Os avanços acontecem a passos lentos, mas muita coisa já mudou. A pergunta que fica é: tem espaço para a mulher na logística?
Passou a época em que mulher tinha essa ou aquela profissão apenas. O lugar da mulher é onde ela quiser, e isso é um fato. Em profissões que foram tachadas como mais masculinas, ou que predominantemente eram homens trabalhando, como a logística, estão dando cada vez mais oportunidades para as mulheres. Por se tratar de uma área em constante crescimento, o mercado logístico abre espaço para outros setores, como administrativo, comercial, financeiro e recursos humanos, e as oportunidades para as mulheres aumentam.
Mesmo estando em 2022, a realidade de muitas mulheres na logística ainda é baseada no preconceito. Por isso, é fundamental levantar pautas como essa nas empresas e dar novas oportunidades para pessoas que buscam sua independência financeira em qualquer área de trabalho.
Cibele Vacciano, que subiu ao palco na 3ª edição do Agile Challenges, é membro do Instituto Mulheres no Varejo, um grupo de mulheres que tem como objetivo a troca de conhecimentos e experiências e a construção do empoderamento das mulheres no varejo e na economia brasileira. Ela aponta que o cenário da mulher no mercado de trabalho já mudou, mas ainda tem muito pela frente ainda.
Para Cibele, as mulheres têm sim um espaço no mercado de trabalho, e elas estão conquistando-o. Ela aponta que alguns aspectos ainda estão enraizados na sociedade, como “no momento da seleção ou promoção, por um viés às vezes consciente, mas acredito que inconsciente, os gestores acabam preterindo a mulher em detrimento do homem, mesmo com competências semelhantes”, além de receber remuneração menor, mesmo ocupando cargos iguais.
Em muitos lugares durante a entrevista de emprego, mulheres são questionadas sobre filhos, com quem esses vão ficar e o que acontece se eles adoecem durante o expediente. Sem contar o tratamento com mulheres grávidas e mães solos. Perguntas essas que não são destinadas aos homens. “É como exigir que tenhamos os mesmos resultados, mesmo nível de dedicação, às mesmas horas de dedicação para um mesmo projeto, mas na verdade a mulher acaba trabalhando, além das horas que o homem assume, várias horas adicionais por conta das atividades em casa, do lar, independente da sua classe social, do seu status civil” apontou.
Instituto Mulheres no Varejo
Foi em 2018 que o Mulheres no Varejo surgiu, com o objetivo de trocar conhecimentos e experiências, construir laços fortes em prol do empoderamento das mulheres no Varejo e na Economia Brasileira. Dividido em vários comitês, o grupo é formado por mulheres atuantes direta ou indiretamente no varejo, que buscam fortalecer o papel e ampliar o poder de gestão da mulher.
As participantes se reúnem periodicamente para trocar conhecimentos, realizar ações de engajamento, ações sociais e culturais e muito mais. Além disso, o grupo conta com um banco de talentos femininos com o intuito de agregar no varejo e outros setores qualidade e experiência. “Nossos principais pilares são educação, formação, network, e nossa principal busca é por mais mulheres em cargos de liderança” afirma Cibele.
Deixando uma mensagem para o Dia Internacional da Mulher, Cibele destaca uma palavra: prontidão. “Estejam sempre preparadas para o próximo desafio. Ter essa visão de qual é o próximo passo, se preparar pra ele, se antecipando, garante que quando a oportunidade surgir, você vai poder usufruir dessa oportunidade e ter sucesso. Então se prepare, todos os dias!”
Assim, o trabalho na logística é mais uma realidade para a mulher. Além de uma profissão, buscar a independência financeira é uma prioridade. Se não for ensinado nas escolas, o melhor é se esforçar e alcançar sozinhas. Em pleno século XXI, muitas barreiras ainda existem, mas são vencidas no dia a dia. Que as comemorações e as flores desta data não apaguem as lutas que nos trouxeram até aqui. Que as operações logísticas, junto com os outros setores, derrubem as barreiras que ainda restam para a independência da mulher.
Desejamos um Feliz dia da Mulher! Que a gente consiga, juntos, fazer um mundo melhor para todas!
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