Como fazer o transporte de cargas em regiões perigosas

O transporte de cargas em regiões perigosas é um desafio, principalmente por existir muitas áreas perigosas ou zonas de risco no Brasil, que contam com pouco ou até nenhum monitoramento, e a incidência de furtos e roubos de cargas é frequente. 

De acordo com relatórios da NTC&Logística, o roubo de cargas causou prejuízo de R$ 1,2 bilhão em 2022, com 13.089 registros de ocorrências (1.311 a menos que em 2021). O número de ocorrências de 2022 foi o menor registrado nos últimos 6 anos:

• 2017 – 25.950 (R$ 1,57 bilhão de prejuízo)
• 2018 – 22.200 (R$ 1,47 bilhão de prejuízo)
• 2019 – 18.400 (R$ 1,4 bilhão de prejuízo)
• 2020 – 14.150 (R$ 1,25 bilhão de prejuízo)
• 2021 – 14.400 (R$ 1,25 bilhão de prejuízo)
• 2022 – 13.089 (R$ 1,2 bilhão de prejuízo)

Para a logística, as regiões perigosas são preocupantes pois existem dois lados: o risco de perder os produtos ao trafegar pelos locais e a possibilidade de perder vendas ou clientes por não entregar nestas regiões. 

Por isso, muitos transportadores buscam por alternativas para minimizar esses riscos e não afetar o seu negócio, nem mesmo o consumidor que mora próximo dessas regiões. Mas o problema envolve outros fatores externos, como as seguradoras que não cobrem operações nas regiões devido ao alto risco, e a solução muitas vezes é buscar outros métodos de entrega.

Alternativas para o transporte de cargas em regiões perigosas

As compras online, que aumentaram nos últimos anos, trazem para o transportador a necessidade de buscar alternativas para agilizar as entregas. Como as seguradoras se recusam a cobrir a maioria das regiões consideradas perigosas, o transportador que insiste em entregar na região assume o risco e, caso aconteçam furtos, o prejuízo. 

Dentre algumas soluções encontradas para realizar as entregas, estão:

Lojas físicas

Ao realizar a compra online, o consumidor tem a opção de retirar o produto na loja física mais próxima. A estratégia ajuda tanto o lojista quanto o consumidor. 

O primeiro reduz os custos com o transporte, podendo utilizar do seu próprio estoque físico e ainda oferecer outras possibilidades de compra quando o consumidor for ao local fazer a retirada, e o consumidor, por sua vez, ganha ao conseguir realizar suas compras sem grandes desafios e sem pagar o valor do frete.

PUDOs

Os PUDOS (Pick Up Drop Off – pontos de retirada e depósito de mercadoria) são pontos que pertencem a empresas prestadoras de serviços de entrega ou redes parceiras de negócios em locais estratégicos e que podem oferecer espaço para armazenamento de mercadorias, como lojas físicas, postos de gasolina, mercearias, entre outros. 

A principal vantagem dos pontos de retirada é a redução de custos e a possibilidade de estar em lugares estratégicos dentro das regiões perigosas. A Pegaki é referência em PUDOs, com mais de 3 mil pontos espalhados pelo Brasil, saiba mais sobre o assunto aqui.

Lockers

Os armários inteligentes, como são conhecidos, são espaços em que empresas depositam os produtos comprados online pelo consumidor que, para retirar, utiliza um QR Code, comprovante ou código único e exclusivo. A vantagem dos lockers é semelhante aos pontos de retirada, com a diferença que podem estar disponíveis ao consumidor 24/7. 

Empresas especializadas 

É possível encontrar transportadoras que atendem às regiões sem problemas, seja apenas um trecho ou o trajeto inteiro, mas em algumas situações o valor do frete pode ficar mais caro que o normal. 

Crowdshipping

A rede de entregadores é uma das soluções mais vantajosas tanto para o transportador quanto para o e-commerce quando o assunto é regiões perigosas. Composta muitas vezes por pessoas comuns realizando as entregas, utilizando seus próprios veículos, desde carros, motos, bicicletas ou até a pé. 

A alternativa permite que os moradores locais realizem as entregas, evitando riscos maiores por conhecer a região e ainda ganham uma renda extra em cima das entregas. 

Essa também pode ser uma vantagem para datas sazonais, como a Black Friday. O principal benefício é não sobrecarregar a frota já existente e ainda diminuir os riscos de atrasos e insatisfação do consumidor. 

Roteirização para criar rotas e desviar das regiões

Criar rotas manuais é um problema para o transportador pela volatilidade do trânsito, em que rotas e sentidos das vias podem mudar sem avisos prévios. Em regiões perigosas, o problema aumenta ainda mais, além do tempo que se perde criando as rotas manualmente.

Por isso, automatizar os processos com sistemas de roteirização especializados garantem autonomia, redução de custos e eficiência nos eventos logísticos. Com a possibilidade de criar restrições para as entregas, torna-se mais fácil desviar de regiões perigosas, zonas de risco ou áreas com restrições de horários, como as regiões centrais geralmente. 

Um roteirizador pode ser a ferramenta ideal para as empresas que hoje sofrem com esses fatores. E a AgileProcess é especialista em roteirização de entregas e coletas, com um sistema próprio capaz de criar rotas mais eficientes e econômicas em poucos minutos, além de reduzir os custos logísticos. 

A Copapel, por exemplo, reduziu em 20% os quilômetros rodados ao mês, o que trouxe uma grande economia com combustível para a operação. Entenda mais sobre o caso aqui.

O problema das regiões perigosas para o transporte de cargas é real e não tende a diminuir tão cedo. Felizmente muitas soluções e alternativas de entrega estão disponíveis no mercado para auxiliar tanto o e-commerce quanto o transportador e o consumidor. Muitas soluções tecnológicas surgem para reduzir custos e riscos e tornar a experiência de compra do consumidor perfeita, então a hora de apostar em tecnologia é agora! 

Se a sua operação está em busca de entregar mais e melhor em todos os lugares, converse agora mesmo com um especialista no assunto:

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